domingo, 4 de julho de 2010

Sonhos - techos

Sentei-me ali mesmo, no capim à beira do lago. Comecei a olhar o movimento das águas. Tudo aquilo que estava acontecendo ainda não tinha entrado com clareza em minha mente. Thomas e Malfet aqui? Depois de um curto momento tudo começou a se clarear. A mensagem que o chefe havia mandado para mim se referia a isso... Mas por quê? Por que disseram que eu não iria conseguir completar a minha missão? Era óbvio que eu conseguiria. Dediquei toda a minha vida a isso e iria falhar logo agora.


Depois a única coisa que consegui fazer foi rir. Rir da atitude de Thomas em relação à Chelly. Senti um clima no ar. Thomas sempre com galanteios para as mulheres. Thomas prometera a si mesmo nunca mais se apaixonar, depois do que aconteceu. Ele tinha fechado seu coração.

Ele havia vivido uma triste experiência no passado, não só triste, devastadora. Nunca, nunca mesmo tinha visto Thomas naquele estado, pensei por um momento que ele tinha perdido o amor pela própria vida, a alegria de viver. Lembro-me como se fosse ontem, a conversa que eu tive com ele, naquele dia chuvoso na Ilha, um mês depois da sua grande perda.

- Taylor... Eu não quero mais viver...

- O que você pensa que está falando? – perguntei em estado de Choque. Eu não podia perder meu amigo daquele jeito, ele não tinha mais forças pra viver. Era como um zumbi. E ali do meu lado, em frente ao mar, com altas ondas, parecia que essa cena se tornara pior ainda.

- Eu perdi tudo o que eu mais dava valor. Eu a perdi Taylor, eu perdi Lá – sentia aflição em seu olhar. – e pior do que a ter perdido daquela forma, foi mais tarde perceber que eu não tenho mais rumo, tudo o que eu acreditava antes, a matou e me transformou nesse ser, que eu tanto desprezo.

- Eu sei que você a amou demais Thomas, mas será que esse sofrimento todo vale à pena? Eu estou aqui Thomas, e mesmo assim parece que a cada dia você piora. Isso me machuca amigo. Você não sabe o quanto. Se assim é o amor, se nós passamos momentos tão felizes, achando que tudo na vida é belo, é feliz, e que essa felicidade nunca acabará, para no final nos vermos perdidos, se o amor da nossa vida não nos quer mais, eu se por uma força maior, ou uma tragédia, ela se for. Eu não quero nunca experimentar esse sentimento, não, eu não quero.

- Você não sabe o que amar Taylor...

- E nem quero saber, não para ficar assim. – ri dessa idéia hoje.

- Antes de você definir se você vai querer ou não amar, escute-me, por favor – sua voz era cheia de dor. Senti-me um egoísta de estar ali contando as minhas opiniões, enquanto meu amigo estava naquele estado deplorável.

- Desculpe, é que é tão ruim ver você assim...

- Tudo começou quando eu vi o chefe pessoalmente, e você sabe como são as regras aqui. Nunca ver o chefe pessoalmente, por maior que seja a sua curiosidade. Eu tentei explicar que foi sem querer, que não tinha sido porque eu queria, mas ele não aceitou minhas desculpas e me expulsou da Ilha. Lembra-se?

- Como esquecer?

- Continuando... A partir daquele dia decidi mudar meu estilo de vida, prometi nunca mais usar meus poderes para um objetivo fútil. Desliguei-me de tudo que me lembrava à ilha, tudo mesmo – ele observou meus olhos se estreitarem – calma, não de tudo. Por mais que eu tentasse, eu não poderia esquecer meu parceiro de lutas e de zuações. Eu acho que isso sempre foi o motivo de eu não conseguir apagar de vez tudo que eu vivi aqui.

- Aí você foi morar no Rio de Janeiro? – perguntei.

- Sim. Fui parar no Rio de Janeiro, me disseram que lá era um ótimo lugar para recomeçar. Morei em Copacabana, nos primeiros dias aproveitei. Ia para a praia surfar, saía para as baladas, ia pro cinema, li um monte de livros, mas sempre sentia falta de algo – seus olhos novamente se encheram de lágrimas – sentia falta de alguém... Não podia me comunicar com você, eles não deixariam. Comecei entrar em depressão, eu nunca tinha vivido dessa maneira, sentia necessidade de usar os meus poderes, era como se eu não fosse... Thomas.

- Foi quando você conheceu Luh?

- Quase por aí. Antes disso comecei a trabalhar em um hospital público. Era muito fácil trabalhar ali, já que meus poderes ajudavam. Toda vez que algum paciente sentia muitas dores, eu aliviava de certa forma. Lá eu me sentia útil de alguma maneira, eu fazia o bem. Depois de algum tempo, parei na ala de pessoas que tinham câncer. Foi lá que eu a conheci.

- Ela tinha câncer? – Abismado perguntei. Ele percebeu a minha surpresa, e tratou de se explicar.

- Que hilário não é? Nós éramos perfeitos um para o outro. Ela tinha tumor cerebral e eu com esse meu poder conseguia aliviar suas dores, fazê-la se sentir muito melhor.

- Ela sabia que você era um mutante?

- Não, nunca tive coragem de contar a ela. Não queria ver a sua reação, eu tinha medo de perdê-la, por ela não entender o que eu era. Eu sabia que ela não entenderia, então guardei isso para mim. Agora deixa eu continuar. Eu estava de noite no hospital, cuidando de uma menina, ela tinha leucemia, quando ouvi um choro. No hospital era normal você ouvir choramingo. Contudo, esse era diferente, esse me afetava de certa forma. Certifiquei-me se a garotinha que eu estava cuidando estava dormindo, e fui à busca desse choro, não estava muito longe, apenas a 10 metros de distância, em um quartinho dos fundos. Lá estava uma moça, rodeada de equipamentos, ela estava muito pálida, debilitada, com os olhos cheios de hematomas, parecia dopada de remédios, ali naquele momento ela não era bonita, poderia arriscar dizer que tinha uma beleza comum – agora sua voz era quase um sussurro. Ele parecia estar em transe. – Ela tinha me observado ali. Quem não observaria? Fiz menção de sair, quando uma voz suave e bastante debilitada soou “Espere”. Parei, não consegui mexer um músculo.

“Desculpe por te incomodar, é que...”. A interrompi. “Eu que não devia ter vindo aqui”

Nesse dia conversei com ela sobre sua vida, como ela tinha obtido essa doença. Comecei a cuidar dela, não minto que no começo foi apenas por pena, mas Taylor aos poucos eu sentia falta quando não estava com ela, sentia falta de sua voz, eu comecei a gostar dela, nosso amor não foi aquele que surge logo de cara, nosso amor foi construído. Não demorou muito, e ela foi morar em meu apartamento, já que ela não tinha mais ninguém no mundo, seus pais tinham morrido – Thomas não parecia mais estar aqui do meu lado, ele parecia viajar em seus próprios pensamentos, como se não estivesse mais contando e sim vivendo – Essa foi à época mais feliz da minha vida. Eu tinha paz interior, eu estava tranqüilo comigo mesmo, sem lutas, sem treinos, sem cobranças. Eu tinha uma meta na vida Taylor, não uma meta que me opuseram a cumprir, era uma meta que eu queria que acontecesse. Eu queria apenas ter uma vida com Luh. Só com ela.

- Aí aconteceu a tragédia? – perguntei com cuidado. Esse assunto sempre mexia com ele, era como se você o afrontasse da maneira mais cruel.

- Foi... Nessa... Época – sua voz falhou. Era muito difícil para ele continuar aquela frase. – O chefe me ligou em uma tarde, pedindo para eu voltar. Ele disse que alguns mutantes tinham se rebelado e ameaçavam contar a existência da Ilha, disse a ele que eu não tinha mais nada a ver com isso, que a Ilha não me importava mais nada. Ele me persuadiu em relação a você, me desculpe Taylor... – ele disse isso se virando para me fitar. – mas eu não podia deixar Luh.

- Eu entendo. - tentei acalmá-lo.

- Ele mais uma vez insistiu e eu disse que não iria. Eu juro por Deus, que eu pensei que ele tinha desistido, eu não estava entendo sua obsessão para me ter de volta, em meio a um monte de mutantes eu não era praticamente nada. No outro dia voltei ao meu trabalho, um pouco inseguro, mas concluí que o chefe não iria querer nada com Luh, ele não apelaria da maneira mais brutal. Eu estava enganado... – ele parou bruscamente. Seus olhos ficaram negros como uma noite sem luar. Eu sabia o que aquilo significava. O olhar de Thomas mudava de acordo com as suas sensações. E a única coisa que poderia explicar aquela cor em seus olhos era o ódio. – Quando voltei para casa, ela estava... Morta Taylor, eu a encontrei no chão do nosso quarto, o amor... Da minha vida estava morta ali no chão, mas ela não estava sozinha, havia mais alguém ali, quando olhei para o canto esquerdo perto da janela. Aquele monstro estava ali, rindo da minha lástima.

“Pensei que não ia voltar mais para casa!” Ele exclamou. Controlei minha raiva, eu não podia lutar com Brian, eu nunca sabia quais eram os seus poderes “Por que você fez isso?” Perguntei, eu não conseguia entender o motivo. “Nunca recuse um pedido do Chefe, sempre haverá conseqüências piores, com esta”. “Ela não tinha nada a ver com isso Brian, seu assunto era comigo, você mexeu com quem estava quieto, eu não vou perdoar o que você fez” berrei. “Eu acho bom você ficar quietinho, eu não gostaria de fazer com você o mesmo que eu fiz com ela” Senti vontade de esganá-lo ali. Mas como? Eu não podia fazer naquela hora. Aceitei voltar, mas não porque eu quero, eu voltei apenas com um objetivo, eu vou matá-lo com as minhas próprias mãos, eu quero vê-lo implorando pela sua vida...

Senti algo estranho acontecendo em meu corpo, eu estava ficando sem ar, não que eu não conseguisse respirar, o problema que o ar não entrava. Comecei a me desesperar, tentar chamar por Thomas, mas minha voz não saia. Era Thomas que estava fazendo isso, ele não tinha observado, mas a sua raiva estava fazendo com que seus poderes me atingissem, me lembrei que meu corpo ainda funcionava, nem que seja um pouco, joguei-me encima dele, fazendo nosso corpo chocar em uma árvore, ele me olhou sem entender porque eu tinha feito aquilo.

- Seus poderes estavam me atingindo – sibilei entre os dentes. Minha garganta queimou.

- Desculpe Taylor, depois do que aconteceu comigo, eu não consigo controlar meus poderes, a raiva me deixa vulnerável...

- Não tem problema! Só não faça mais isso.

Pp. 112 ...

Adiós los hermanos ...

Quanto maior o sonho, pior a queda. Quem ri por último ri melhor e outros tantos ditados que poderiam ser usados neste post para representar o fracasso da Argentina - a mesma que muitos acreditam já ser a campeã do mundo - a frente da Alemanha.
Não pensem que eu exponho a minha ideologia aqui com pesar, que vocês vão estar muito enganados. Torci, torci talvez como nunca tenha torcido antes contra uma seleção. Sei a dor que é não conseguir realizar um sonho de toda a nação, sei o que é desejar com imensa força algo que parece nunca vi - como no caso deles que chegam em torno de 28 anos. Mas a vida é assim, orgulho nunca venceu nada, porém a humildade poderia ter sido um bom caminho para os los hermanos que são irmãos de outros, mas não meu. kk²
Maradonna se tornou um show a parte, o Deus da terra, considerado por muitos argentinos, levaram todos a crer que depois de longos anos de espera ião se tornar campeão. Só que deuses não fazem seleções ganharem.
Todos os argentinos esnobaram, humilharam torcedores de outras seleções, discriminaram outros jogadores e a vida não é assim, não precisamos humilhar o que nós achamos fracos, porque talvez os fracos sejam nós mesmos e a Argentina aprendeu isso da melhor maneira. PERDENDO DE 4X0 PARA A ALEMANHA!
Ri muuito, torci o quanto pude, porque há males que vem para o bem e uma coisa eu posso afrimar aqui: A Argentina fez meu coração mais feliz, pois nós não ficamos com a taça, mas eles também não ficaram e isso é uma imensa compensação.

Obs: Eu avisei desde o primeiro momento, Argentinos porque vocês não pagaram a promessa? Talvez ela paga vocÊs podessem sonhar com a Copa, mas não deu né? uahauhauha.



Beijos,
maili a. ferreira

domingo, 4 de julho de 2010

Sonhos - techos

Sentei-me ali mesmo, no capim à beira do lago. Comecei a olhar o movimento das águas. Tudo aquilo que estava acontecendo ainda não tinha entrado com clareza em minha mente. Thomas e Malfet aqui? Depois de um curto momento tudo começou a se clarear. A mensagem que o chefe havia mandado para mim se referia a isso... Mas por quê? Por que disseram que eu não iria conseguir completar a minha missão? Era óbvio que eu conseguiria. Dediquei toda a minha vida a isso e iria falhar logo agora.


Depois a única coisa que consegui fazer foi rir. Rir da atitude de Thomas em relação à Chelly. Senti um clima no ar. Thomas sempre com galanteios para as mulheres. Thomas prometera a si mesmo nunca mais se apaixonar, depois do que aconteceu. Ele tinha fechado seu coração.

Ele havia vivido uma triste experiência no passado, não só triste, devastadora. Nunca, nunca mesmo tinha visto Thomas naquele estado, pensei por um momento que ele tinha perdido o amor pela própria vida, a alegria de viver. Lembro-me como se fosse ontem, a conversa que eu tive com ele, naquele dia chuvoso na Ilha, um mês depois da sua grande perda.

- Taylor... Eu não quero mais viver...

- O que você pensa que está falando? – perguntei em estado de Choque. Eu não podia perder meu amigo daquele jeito, ele não tinha mais forças pra viver. Era como um zumbi. E ali do meu lado, em frente ao mar, com altas ondas, parecia que essa cena se tornara pior ainda.

- Eu perdi tudo o que eu mais dava valor. Eu a perdi Taylor, eu perdi Lá – sentia aflição em seu olhar. – e pior do que a ter perdido daquela forma, foi mais tarde perceber que eu não tenho mais rumo, tudo o que eu acreditava antes, a matou e me transformou nesse ser, que eu tanto desprezo.

- Eu sei que você a amou demais Thomas, mas será que esse sofrimento todo vale à pena? Eu estou aqui Thomas, e mesmo assim parece que a cada dia você piora. Isso me machuca amigo. Você não sabe o quanto. Se assim é o amor, se nós passamos momentos tão felizes, achando que tudo na vida é belo, é feliz, e que essa felicidade nunca acabará, para no final nos vermos perdidos, se o amor da nossa vida não nos quer mais, eu se por uma força maior, ou uma tragédia, ela se for. Eu não quero nunca experimentar esse sentimento, não, eu não quero.

- Você não sabe o que amar Taylor...

- E nem quero saber, não para ficar assim. – ri dessa idéia hoje.

- Antes de você definir se você vai querer ou não amar, escute-me, por favor – sua voz era cheia de dor. Senti-me um egoísta de estar ali contando as minhas opiniões, enquanto meu amigo estava naquele estado deplorável.

- Desculpe, é que é tão ruim ver você assim...

- Tudo começou quando eu vi o chefe pessoalmente, e você sabe como são as regras aqui. Nunca ver o chefe pessoalmente, por maior que seja a sua curiosidade. Eu tentei explicar que foi sem querer, que não tinha sido porque eu queria, mas ele não aceitou minhas desculpas e me expulsou da Ilha. Lembra-se?

- Como esquecer?

- Continuando... A partir daquele dia decidi mudar meu estilo de vida, prometi nunca mais usar meus poderes para um objetivo fútil. Desliguei-me de tudo que me lembrava à ilha, tudo mesmo – ele observou meus olhos se estreitarem – calma, não de tudo. Por mais que eu tentasse, eu não poderia esquecer meu parceiro de lutas e de zuações. Eu acho que isso sempre foi o motivo de eu não conseguir apagar de vez tudo que eu vivi aqui.

- Aí você foi morar no Rio de Janeiro? – perguntei.

- Sim. Fui parar no Rio de Janeiro, me disseram que lá era um ótimo lugar para recomeçar. Morei em Copacabana, nos primeiros dias aproveitei. Ia para a praia surfar, saía para as baladas, ia pro cinema, li um monte de livros, mas sempre sentia falta de algo – seus olhos novamente se encheram de lágrimas – sentia falta de alguém... Não podia me comunicar com você, eles não deixariam. Comecei entrar em depressão, eu nunca tinha vivido dessa maneira, sentia necessidade de usar os meus poderes, era como se eu não fosse... Thomas.

- Foi quando você conheceu Luh?

- Quase por aí. Antes disso comecei a trabalhar em um hospital público. Era muito fácil trabalhar ali, já que meus poderes ajudavam. Toda vez que algum paciente sentia muitas dores, eu aliviava de certa forma. Lá eu me sentia útil de alguma maneira, eu fazia o bem. Depois de algum tempo, parei na ala de pessoas que tinham câncer. Foi lá que eu a conheci.

- Ela tinha câncer? – Abismado perguntei. Ele percebeu a minha surpresa, e tratou de se explicar.

- Que hilário não é? Nós éramos perfeitos um para o outro. Ela tinha tumor cerebral e eu com esse meu poder conseguia aliviar suas dores, fazê-la se sentir muito melhor.

- Ela sabia que você era um mutante?

- Não, nunca tive coragem de contar a ela. Não queria ver a sua reação, eu tinha medo de perdê-la, por ela não entender o que eu era. Eu sabia que ela não entenderia, então guardei isso para mim. Agora deixa eu continuar. Eu estava de noite no hospital, cuidando de uma menina, ela tinha leucemia, quando ouvi um choro. No hospital era normal você ouvir choramingo. Contudo, esse era diferente, esse me afetava de certa forma. Certifiquei-me se a garotinha que eu estava cuidando estava dormindo, e fui à busca desse choro, não estava muito longe, apenas a 10 metros de distância, em um quartinho dos fundos. Lá estava uma moça, rodeada de equipamentos, ela estava muito pálida, debilitada, com os olhos cheios de hematomas, parecia dopada de remédios, ali naquele momento ela não era bonita, poderia arriscar dizer que tinha uma beleza comum – agora sua voz era quase um sussurro. Ele parecia estar em transe. – Ela tinha me observado ali. Quem não observaria? Fiz menção de sair, quando uma voz suave e bastante debilitada soou “Espere”. Parei, não consegui mexer um músculo.

“Desculpe por te incomodar, é que...”. A interrompi. “Eu que não devia ter vindo aqui”

Nesse dia conversei com ela sobre sua vida, como ela tinha obtido essa doença. Comecei a cuidar dela, não minto que no começo foi apenas por pena, mas Taylor aos poucos eu sentia falta quando não estava com ela, sentia falta de sua voz, eu comecei a gostar dela, nosso amor não foi aquele que surge logo de cara, nosso amor foi construído. Não demorou muito, e ela foi morar em meu apartamento, já que ela não tinha mais ninguém no mundo, seus pais tinham morrido – Thomas não parecia mais estar aqui do meu lado, ele parecia viajar em seus próprios pensamentos, como se não estivesse mais contando e sim vivendo – Essa foi à época mais feliz da minha vida. Eu tinha paz interior, eu estava tranqüilo comigo mesmo, sem lutas, sem treinos, sem cobranças. Eu tinha uma meta na vida Taylor, não uma meta que me opuseram a cumprir, era uma meta que eu queria que acontecesse. Eu queria apenas ter uma vida com Luh. Só com ela.

- Aí aconteceu a tragédia? – perguntei com cuidado. Esse assunto sempre mexia com ele, era como se você o afrontasse da maneira mais cruel.

- Foi... Nessa... Época – sua voz falhou. Era muito difícil para ele continuar aquela frase. – O chefe me ligou em uma tarde, pedindo para eu voltar. Ele disse que alguns mutantes tinham se rebelado e ameaçavam contar a existência da Ilha, disse a ele que eu não tinha mais nada a ver com isso, que a Ilha não me importava mais nada. Ele me persuadiu em relação a você, me desculpe Taylor... – ele disse isso se virando para me fitar. – mas eu não podia deixar Luh.

- Eu entendo. - tentei acalmá-lo.

- Ele mais uma vez insistiu e eu disse que não iria. Eu juro por Deus, que eu pensei que ele tinha desistido, eu não estava entendo sua obsessão para me ter de volta, em meio a um monte de mutantes eu não era praticamente nada. No outro dia voltei ao meu trabalho, um pouco inseguro, mas concluí que o chefe não iria querer nada com Luh, ele não apelaria da maneira mais brutal. Eu estava enganado... – ele parou bruscamente. Seus olhos ficaram negros como uma noite sem luar. Eu sabia o que aquilo significava. O olhar de Thomas mudava de acordo com as suas sensações. E a única coisa que poderia explicar aquela cor em seus olhos era o ódio. – Quando voltei para casa, ela estava... Morta Taylor, eu a encontrei no chão do nosso quarto, o amor... Da minha vida estava morta ali no chão, mas ela não estava sozinha, havia mais alguém ali, quando olhei para o canto esquerdo perto da janela. Aquele monstro estava ali, rindo da minha lástima.

“Pensei que não ia voltar mais para casa!” Ele exclamou. Controlei minha raiva, eu não podia lutar com Brian, eu nunca sabia quais eram os seus poderes “Por que você fez isso?” Perguntei, eu não conseguia entender o motivo. “Nunca recuse um pedido do Chefe, sempre haverá conseqüências piores, com esta”. “Ela não tinha nada a ver com isso Brian, seu assunto era comigo, você mexeu com quem estava quieto, eu não vou perdoar o que você fez” berrei. “Eu acho bom você ficar quietinho, eu não gostaria de fazer com você o mesmo que eu fiz com ela” Senti vontade de esganá-lo ali. Mas como? Eu não podia fazer naquela hora. Aceitei voltar, mas não porque eu quero, eu voltei apenas com um objetivo, eu vou matá-lo com as minhas próprias mãos, eu quero vê-lo implorando pela sua vida...

Senti algo estranho acontecendo em meu corpo, eu estava ficando sem ar, não que eu não conseguisse respirar, o problema que o ar não entrava. Comecei a me desesperar, tentar chamar por Thomas, mas minha voz não saia. Era Thomas que estava fazendo isso, ele não tinha observado, mas a sua raiva estava fazendo com que seus poderes me atingissem, me lembrei que meu corpo ainda funcionava, nem que seja um pouco, joguei-me encima dele, fazendo nosso corpo chocar em uma árvore, ele me olhou sem entender porque eu tinha feito aquilo.

- Seus poderes estavam me atingindo – sibilei entre os dentes. Minha garganta queimou.

- Desculpe Taylor, depois do que aconteceu comigo, eu não consigo controlar meus poderes, a raiva me deixa vulnerável...

- Não tem problema! Só não faça mais isso.

Pp. 112 ...

Adiós los hermanos ...

Quanto maior o sonho, pior a queda. Quem ri por último ri melhor e outros tantos ditados que poderiam ser usados neste post para representar o fracasso da Argentina - a mesma que muitos acreditam já ser a campeã do mundo - a frente da Alemanha.
Não pensem que eu exponho a minha ideologia aqui com pesar, que vocês vão estar muito enganados. Torci, torci talvez como nunca tenha torcido antes contra uma seleção. Sei a dor que é não conseguir realizar um sonho de toda a nação, sei o que é desejar com imensa força algo que parece nunca vi - como no caso deles que chegam em torno de 28 anos. Mas a vida é assim, orgulho nunca venceu nada, porém a humildade poderia ter sido um bom caminho para os los hermanos que são irmãos de outros, mas não meu. kk²
Maradonna se tornou um show a parte, o Deus da terra, considerado por muitos argentinos, levaram todos a crer que depois de longos anos de espera ião se tornar campeão. Só que deuses não fazem seleções ganharem.
Todos os argentinos esnobaram, humilharam torcedores de outras seleções, discriminaram outros jogadores e a vida não é assim, não precisamos humilhar o que nós achamos fracos, porque talvez os fracos sejam nós mesmos e a Argentina aprendeu isso da melhor maneira. PERDENDO DE 4X0 PARA A ALEMANHA!
Ri muuito, torci o quanto pude, porque há males que vem para o bem e uma coisa eu posso afrimar aqui: A Argentina fez meu coração mais feliz, pois nós não ficamos com a taça, mas eles também não ficaram e isso é uma imensa compensação.

Obs: Eu avisei desde o primeiro momento, Argentinos porque vocês não pagaram a promessa? Talvez ela paga vocÊs podessem sonhar com a Copa, mas não deu né? uahauhauha.



Beijos,
maili a. ferreira